sexta-feira, junho 17, 2005

Williams S. Burroughs


Escolhi o livro do velho Bill para ler: JUNKY

My telescope


Esta é a traquitana celestial

Fatos da semana

1 - Terça-feira estava eu mais uma vez no trem lotado, retornando para André, quando o maquinista pisou pesado no freio. O vagão começou a inclinar e eu achei mesmo que a merda iria acontecer naquele exato inastante, que tudo iria virar, sacudir, cair. Esperei o fim, segurando firme o "On the road" do Jack, que estava lendo. Mas não aconteceu nada comigo nem com os outros passageiros, meus colegas do infortúnio. Aconteceu foi com um pobre diado que estava na linha férrea, e que foi atropelado. Provavelmente é um morto, hoje. Descobrimos o fato pelo próprio maquinista que através do sistema de rádio deu a nota com uma voz pavorosa.

2 - Ontem concluí a leitura do Jack Kerouac e seu "On the road". As últimas páginas perdem o brio, mas o conjunto é mesmo sensacional. Sal Paradise e Dean Moriati, vocês sabem das coisas.

3 - Depois de alguns testes consegui dominar meu telescópio e digo, não sei como consegui ficar tantos anos sem uma traquitana dessas. Aprendi a usar as lentes, ajustar a luneta buscadora, usar a Barlow e me orientar neste céu milenar. Jupiter e suas luas, a Lua e suas crateras, tudo tão perto... A imensidão do cosmos me interessa.

4 - O guia do mochileiro das galáxias, o filme, é o pior dos movies que eu já assisti nos últimos 5 anos.

5 - Hoje preciso resolver qual livro lerei. Na fila estão: "No coração das trevas", do J. Conrad, "Junkie", do Williams S. Burroughs e "História das idéias e movimentos anarquistas", do Georg Woodcock.

quinta-feira, junho 16, 2005

Meus dias como anarquista já se aproximam

Adágios políticos e outros delírios

Nenhum partido nasceu para fazer revolução, muito menos os de esquerda.

O Estado democrático de direito sempre estará a serviço da burguesia.

Democracia representativa, aquela do parlamento, é a grande mentira dos poderosos.

Os socialistas e os comunistas desejam agora, mais que nunca, a ordem! Desejam a reforma, tem calafrios ao ouvirem o termo ruptura.

O grau máximo de caos é o único caminho válido para a resolução de nossos problemas sociais, econômicos e para a conquista da liberdade. Precisamos implodir esta sociedade, vamos começar do zero depois disso.

A misancene da moral, das boas maneiras, o bom mocismo, oculta em sí um cão raivoso, desesperado atrás dos ossos da humanidade.

Nossas crianças deveriam ser enviadas, todas elas, num foguete para longe de nós, sujeitos viciados do século XX.

O Coronel Curtz deveria ganhar uma passágem para o congresso nacional.

Nosso povo é que está certo, não vai pras ruas, não crê em políticos, partidos, centrais sindicais. Bebe, fornica e curte seus últimos dias da melhor forma possível, se fodendo como um santo.