sexta-feira, janeiro 14, 2005

CUT nacional

Uma novidade em minha vida profissional: Acabo de ser contratado pela CUT Nacional para desenvolver o portal CUT. Na segunda-feira começa pra valer, ou seja, mais trabalho, trabalho e trabalho.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Blog quase completo

O blog está ficando do jeito que eu quero, só preciso resolver algumas pequenas questões no código. Também preciso incluir os links e o meu e-mail, então estará pronto. E ontem a chuva me pegou. Fiquei completamente molhado antes de chegar na estação. Peguei o Trem e ele quebrou, tudo ficou alagado e não consegui chegar na Central Única dos Trabalhadores.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Eu fumo Carlton, e você?

Acabo de ler o primeiro artigo do jornalista português João Pedro Coutinho, que passa a escrever quinzenalmente na Folha Online. No artigo, o cigarro, a propaganda nazista e as novas leis anti-fumo se encontram para mostrar que o século XXI é realmente Pós-humano. Destaque para o pensamento do jornalista sobre os fumantes: “Fumar faz mal. Mas também faz bem: as pessoas que fumam são mais tolerantes, mais calmas, mais interessantes. E invulgarmente mais pecaminosas.” Abaixo, o artigo.

Lauren Bacall, por favor

Conheço pessoas que não fumam. E conheço pessoas que não fumam e não querem que os outros fumem. As primeiras são infelizes. As segundas são miseráveis. Miseráveis mas realizadas: no mundo moderno, não fumar é marca de saúde física, mental --e, atenção, gente, moral também. Basta ver as medidas sanitárias que a Europa pretende aplicar. A curto prazo, os pacotes de cigarros dos europeus terão imagens-choque para afastar fumantes ativos ou passivos, presentes ou futuros. Como no Brasil. Mas pior, muito pior que o Brasil: corpos mutilados pelo câncer, cadáveres putrefatos. E, claro, a imagem triste de um pênis triste, precocemente arruinado. A idéia não é prevenir. Os fanáticos querem mais: querem humilhar o fumante, enfiar o fumante numa jaula de circo e dizer: "Olhem só como é decadente! Olhem só como é impotente!" Hitler não faria melhor.Exagero? Longe disso. Robert Proctor, que as patrulhas higiênicas deviam ler, explicou tudo em The Nazi War on Cancer (Princeton University Press, 379 pp.). A leitura de Proctor é arrepiante mas a tese é magistral: as campanhas antitabagistas do mundo moderno nasceram na Alemanha das décadas de 1930 e 1940. Nasceram com a preocupação nazi em combater o vício e, óbvio, humilhar publicamente os viciosos. Humilhar consumidores de morfina. Cocaína. Coca-Cola. E enfiar os fumantes no gueto da vergonha social. Quando Hitler chegou ao poder em 1933, o tabaco era reconhecido como semente do mal. Causa de tudo.Infertilidade. Impotência. Câncer. Enfarte. Comunismo. Uma ameaça direta à pureza da raça ariana e sua excelência física e mental. O próprio Adolfo se empenhou pessoalmente no caso. Ele não fumava. Ele gostava de dizer que não fumava. Nem ele, nem Mussolini, nem Franco --tudo boa gente. Pelo contrário: Churchill e Roosevelt eram conhecidos fumantes, exemplos de ruína pessoal e moral. A evitar.Falou e disse: a partir de 1933, as campanhas estavam nas ruas. Gigantescas imagens onde o fumante típico era tratado como débil sem dignidade ou vergonha (tradução: um judeu manipulador que introduzira o cigarro na Alemanha para exterminar o povo nativo). Ninguém escapou. As donzelas viciosas eram pintadas em pose masculina, a versão clássica da 'mulher com barba', fenômeno de circo para horrorizar a burguesia. E homens fumantes eram seres sexualmente arruinados, com traços femininos, lânguidos, tristemente adocicados. O tabaco surgia em sagrada aliança com tudo que era condenável. Jazz. Swing. Álcool. Jogo. Cupidez. Devassidão. Orgia.Azar: seis anos depois, os alemães estavam fumando a dobrar. Em 1933, o alemão médio fumava 570 cigarros por ano. Em 1939, antes da Segunda Guerra, fumava 900. Proctor avança razões. Todas elas sublinham o essencial: fruto proibido é mais apetecido. Histórica clássica. Bíblica. Razão de nossos prazeres e nossas desgraças. Ninguém deixa de fumar por causa do fanatismo de terceiros. Pior: o fanatismo de terceiros acaba por ser inútil --e até contraproducente. Conheço gente que não fumava -- e começou só por rebeldia. O velho spleen de que falava Baudelaire. Existe nos seres humanos um mecanismo de destruição que é preciso compreender, aceitar e tolerar. Se o mundo fosse feito de anjos, etc e tal.Fumar faz mal. Mas também faz bem: as pessoas que fumam são mais tolerantes, mais calmas, mais interessantes. E invulgarmente mais pecaminosas. Uma mulher é uma mulher. Uma mulher que fuma é uma mulher que arrasa. Por isso proponho: todos os pacotes de cigarros deviam ter duas imagens. De um lado, o pênis caído. Do outro, Lauren Bacall chupando um Marlboro clássico. De um lado, pulmões enfiados em sujeira. Do outro, o rosto de Bacall enfiado em fumaça.Fazemos assim: vocês ficam com o pênis, eu fico com Lauren.


CUT

E já estou aqui na CUT, trabalhando, dando início ao ano de 2005. O primeiro trem do ano só reafirmou o que eu já sabia, nada muda do dia pra noite. Assim, o caos impera. Hoje, uma música ilustrou a minha viajem de 30 minutos, de André até o Brás. Vocês conhecem aquele Punk Rock que diz: vomitaram no trem!? Pois é, o problema é que isso aconteceu bem do meu lado. Putz! Viva 2005!

domingo, janeiro 09, 2005

Lesbianismo



É verdade que o amor entre duas mulheres é uma das fantasias sexuais mais comuns entre os caras, mais isso não quer dizer que a coisa toda possa ser considerada como uma banalidade moderna. Longe disso, o amor entre as mulheres talvez seja aquilo que mais se aproxima do socialismo, portanto, distante demais da realidade, sou seja, uma utopia sexual para a maioria dos homens deste planeta. Mas não deixa de ser lindo. No filme do David Linch, Mulholland Drive, aqui traduzido como Cidade dos Sonhos, uma das mais interessantes cenas deste amor fantasioso. Clica no link! É uma beleza

E começa o ano de 2005

A semana promete. Amanhã retorno ao trabalho na CUT, de onde estou afastado (férias coletivas) desde o dia 17 de dezembro. Parece muito tempo, mas na verdade já se foi. Pouco ou nada daquilo que eu imaginei fazer nestas férias se concretizou. Amanhã deve acontecer uma reunião no PT, uma reunião de avaliação de campanha. Parece estranho avaliar campanha somente agora, mas é assim que as coisas funcionam aqui. Quarta tem reunião no PDQ, reunião da Revista SEM FUTURO, com uma novidade: o Calixto convidou o Zhô Bertolini para fazer parte do conselho editorial e ele aceitou. Ou seja, Zhô retorna ao coletivo. E a SEM FUTURO Nº 001 deve estar nas bancas na primeira semana de fevereiro. E esta semana também resolvo a questão da minha ida ou não para o Fórum Social Mundial. Daqui a pouco tem conto novo no blog, aguardem.

Fórum: Os figurões

ORGANIZAÇÕES CONFIRMAM A PARTICIPAÇÃO DE CAPRA, BOFF E SARAMAGO

A primeira lista preliminar de palestrantes confirmados para o FSM 2005 também inclui o diretor geral da OIT, Juan Somavía, Boaventura de Souza Santos, Eduardo Galeano, Emir Sader, Eric ToussantO físico austríaco e ecologista, Fritjof Capra, o escritor português José Saramago e o teólogo e escritor Leonardo Boff são alguns dos palestrantes que estarão presentes no Fórum Social Mundial, que acontecerá de 26 a 31 de janeiro de 2005. A informação foi confirmada pelas organizações que convidaram Saramago, Capra e Boff. Os dois últimos participarão da atividade "II Encontro Nacional de Agendas 21 Locais - Construindo a Democracia Participativa para o Desenvolvimento Sustentável", organizada pelo Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMs). A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também participará deste evento.Victoria Malvar, organizadora do painel "Quixote hoje: utopia e política", confirmou a presença do escritor Saramago. Também participam desta atividade o jornalista e escritor Eduardo Galeano, o ex-diretor da Unesco, Federico Mayor Zaragoza, e o diretor de redação do jornal francês Le Monde Diplomatique Ignacio Ramonet.Neste ano, o Fórum Social Mundial segue uma nova metodologia. O programa do V FSM é composto apenas por atividades autogestionadas, ou seja, todos os eventos são organizados pelas entidades participantes, que inclusive são responsáveis por convidar os palestrantes para as suas atividades. Diferentemente dos outros anos, o Comitê Organizador do Fórum Social Mundial 2005 não convidará nenhum palestrante para o encontro. A assessoria de comunicação do FSM divulgará esporadicamente listas preliminares de participantes confirmados. A primeira listagem, com os respectivos perfis, inclui:

FRITJOF CAPRA: Doutor em Física pela Universidade de Viena, o austríaco Fritjof Capra é um dos fundadores do Centro de Eco-Alfabetização de Berkeley, na Califórnia. Tornou-se um dos mais respeitados autores sobre ecologia, com os livros "O Tao da Física" (1975), o "Ponto de Mutação" (1982) e a "Teia da Vida" (1996).

JOSÉ SARAMAGO: Escritor português, prêmio Nobel de literatura, autor de "Jangada de pedra" e "O evangelho segundo Jesus Cristo" e "Todos os nomes".LEONARDO BOFF: Teólogo e escritor brasileiro. Um dos principais expoentes da Teologia da Libertação, é autor de "Do iceberg à arca de Noé" (Garamond, 2002).

JUAN SOMAVÍA: Sindicalista chileno, é diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

BOAVENTURA DE SOUZA SANTOS: Sociólogo português, representante do Centro de Estudos Sociais (CES). É um dos principais autores sobre a nova esquerda mundial, em livros como "Crítica da Razão Indolente" e "Introdução a uma Ciência Pós-Moderna".

EDUARDO GALEANO: Jornalista e escritor uruguaio. É autor, entre outros, de "O Século do Vento", "As Caras e as Máscaras", "Os Nascimentos", "O Futebol ao Sol e à sombra", "O Livro dos Abraços", "Dias e noites de amor e de guerra" e "As Veias abertas da América Latina".

FEDERICO MAYOR ZARAGOZA: ex-diretor geral da Unesco e atual presidente da Fundação de Cultura e Paz e da rede World Forum of Civil Society Network (Rede da Sociedade Civil do Fórum Mundial) ou Ubuntu.

IGNACIO RAMONET: Presidente do Media Watch Global (Observatório Mundial da Mídia) e diretor de redação do jornal francês Le Monde Diplomatique. Autor de artigos como "Pensamento Único" e "Outro mundo é possível".

MOACIR GADOTTI: Diretor do Instituto Paulo Freire e professor titular da Universidade São Paulo (Faculdade de Educação) e autor de dezenas de livros, como "Os mestres de Rousseau" (2004), "Pedagogia da Práxis" (1995) e "História das idéias pedagógicas" (1993).

EMIR SADER: ´Sociólogo, representante do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso).

ERIC TOUSSAINT: Economista e cientista político belga, é diretor do Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo.

BERNARD CASSEN: Jornalista, um dos fundadores do ATTAC (Ação para Taxação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos) e diretor do jornal Le Monde Diplomatique.

MANUEL CASTELLS: Um dos reconhecidos teóricos dos efeitos da revolução digital na sociedade. Professor de inúmeras universidades - Paris, México, Santiago, Madri e Barcelona - e catedrático de sociologia e planejamento urbano e regional da Universidade da Califórnia, em Berkeley, Castells também escreveu uma série de livros, entre eles "A Era da Informação". Contendo três volumes - "A Sociedade em Rede" (1997), publicado no Brasil, "O Poder da Identidade" (1998) e "Fim de Milênio" (1998) -, a obra é o resultado de doze anos de estudo sobre os mais variados aspectos da nova sociedade tecnológica.