terça-feira, maio 17, 2005

Erotismo para trabalhador

Pego o trem todos os dias e nunca é a mesma coisa, existem uns quatro rostos que eu vejo sempre, tanto eles como eu reservando o direito de nunca falar, sinalizar etc e tar. Mas nós observamos, observamos e procuramos nos surpreender com aquela rotina assustadora. Trem é transporte de condenado, trem é transporte de estrangeiro. Assumimos isso, ou, pelo menos, eu assumo. Hoje duas mulheres de meia idade entraram no meu vagão. Uma era gordinha, nada atraente, a outra, uma maravilha de mulher. Tudo bem, nada de mais, mulher bonita até que aparece no trem, a freqüência nem é tão irregular, aparece sim, de vez em quando. Só que não aparece chupando pirulito!

Entraram rindo, cada uma com o seu doce na boca. Eu estava lendo “No coração das trevas” do Conrad. Parei na hora e, passei a me dedicar àquela visão inusitada. Elas falavam baixo, uma com a outra, trocando sorrisos, olhares, olhando ao redor. A mulher nada atraente, sentou-se rápido, a delícia de pé ficou, e assim começou a cessão Erotismo para trabalhador....

Amanhã tem mais